Conhecido por mudar o curso da arte moderna, o artista americano Alexander Calder, além de desenvolver um método inovador de esculpir, dobrar e torcer arames para criar "desenhos no espaço”, também criou mais de 1.800 peças de joalheria durante toda a sua vida.
Filho de artistas - pai escultor e mãe pintora - Calder sempre foi incentivado a criar.
Na década de 30, como forma de complementar a sua renda, o artista aproveitou sua fluência com arame para torcer e martelar pulseiras, colares e anéis. Em pouco tempo, seu trabalho passou a adornar as mulheres mais famosas de Nova Iorque. Suas joias - nada convencionais - eram únicas e feitas manualmente.
Muitas vezes Calder reciclava objetos que seriam descartados, como garrafas e pratos quebrados, para dar vida às suas criações. Uma de suas primeiras peças foi um colar feito a partir de fragmentos de cerâmica antiga colocados em um arame, o qual ele deu de presente à sua mãe.
Grandes e de difícil manuseio, geralmente eram peças que não prezavam pelo conforto. Segundo o curador Mark Rosenthal “as jóias de Calder podem ser vistas como uma espécie de estratégia surrealista para atrair o usuário a participar de uma performance de arte.”
Para Calder não havia distinção entre suas esculturas e suas joias, as quais são verdadeiras obras de arte.